HISTÓRICO DA ESCOLA SÃO JOSÉ

A Escola São José situada à Avenida 17 de Novembro nº 94, com sede na cidade de Cruzeiro do Sul – Acre, foi fundada e inaugurada no dia 19 de março de 1948 pelo Bispo Diocesano (da época) D. José Hascher e faz parte do conjunto da Diocese de Cruzeiro do Sul, no Alto da Glória.

Funcionava como Seminário Menor no local em que hoje existem as oficinas da Diocese, foi o segundo estabelecimento particular de ensino da cidade. Procurou sempre aprimorar os estudos de seus alunos que, na maior parte se constituem, hoje, de pessoas importantes na sociedade local.

Novo prédio foi construído em 1956, de dois pisos em alvenaria, dentro das exigências pedagógicas.

Em 1959, foi construído o atual prédio, também como Seminário Menor e assim funcionou até 1964, quando começou, então, a receber alguns alunos externos.

Em 1968, ano em que os Irmãos Maristas vieram para o Acre, já não havia seminaristas na Escola, apenas 178 alunos da cidade. Serviu como Seminário até 1974, quando abriu suas portas para outros alunos. Em 1975 a escola passou a ser mista e em 1978 funcionou o 1º grau completo.

         De 1968 a 1969 foi Diretor da Escola o Pe. Camilo Albuquerque, diocesano procedente do Rio de Janeiro. De 1970 a 1971 a escola foi coordenada pelo Ir. João Batista Bizzoto. Em 1972 o Ir. Rovilho Moro assumiu a direção da Escola até a chegada do Ir. Irineu Seidl. O Irmão Urbano Funk ficou à frente da Escola nos anos de 1973 a 1974. De 1975 a 1976 ficou na direção da Escola o Ir. Ernesto Moretto.

Em 1976 a escola possuía um número de 394 alunos, dispondo de 9 salas de aula. O corpo administrativo e docente da escola era composto por: 1 Diretor, 1 Secretário, 17 professores dos quais 3 pagos pela SEC (Secretaria de Educação e Cultura) como era denominada na época, e dois serventes.

De ano para ano a escola estava se tornando cada vez mais onerosa para a Prelazia. Então, levando em consideração que a clientela que demandava a escola, na sua quase totalidade, não possuía condições econômicas de pagar a justa anuidade e a Prelazia já mantinha outras obras beneficentes na cidade de Cruzeiro do Sul: Leprosário, educandário, Centro Social da Várzea e Hospital Geriátrico, e observando-se que a Secretaria de Educação poderia aproveitar melhor o prédio, já que funcionava apenas em um turno na parte da manhã; considerando tudo isso a Prelazia pediu a colaboração da SEC.  A pedido do Bispo Diocesano D. Henrique Rüth, foi elaborado pelo então procurador da Diocese, Irmão Mariano Spada, uma proposta para tornar a Escola São José gratuita através de Convênio com a Secretaria de Educação e Cultura.

Por este Convênio cabia às Obras Sociais e Educacionais da Prelazia do Alto Juruá indicar o Diretor e o Vice-Diretor, ceder os prédios (nos quais funcionava o Pré e o 1º Grau) e dependências (áreas cobertas e pátios), manter em bom estado todas as salas e dependências. É, ainda, reservado à Prelazia (hoje Diocese) o direito de propriedade de todos os móveis e objetos do Convênio. À Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Acre, compete: contratar o pessoal de Direção, apoio e corpo docente necessário ao bom e completo funcionamento da escola; fornecer material didático, escolar e de Secretaria, e, por fim, repassar uma verba, como taxa de aluguel para que a Diocese possa realmente manter em bom estado todas as salas e dependências do prédio. A energia elétrica é paga pela SEC, a água é fornecida pela Diocese e o telefone é pago pela Escola.

A SEC aceitou a oferta da Prelazia e a partir de 1976 a Escola São José passou a ser conveniada com o Estado só funcionando como tal, a partir de 1977.

No mesmo ano a escola recebeu como diretor o Ir. Mariano Spada que veio trabalhar no Acre a convite do Ir. Superior  Geral: Ir. Basílio Rueda. A partir de então, a Escola São José passou por profundas reformas em sua estrutura física e principalmente organizacional.

         Atualmente a Diocese continua como proprietária da Escola São José e indica ou propõe o Diretor, mas a manutenção do prédio, a conservação do material escolar; a remuneração dos professores, funcionários e serventes é feita pelo Estado através de Convênio assinado em fins de outubro de 1976 entre a Sra. Maria José Bezerra dos Reis, D.D. Secretária de Educação e Cultura e o Sr. Bispo, Dom Henrique Rüth, sendo assessorado pelo Irmão Marista Mariano Spada.

No ano de 1978 foi construída a Área Coberta em frente à Escola com 420 m2, que tem por função oferecer espaço suficiente para a recreação dos alunos ao abrigo do sol e da chuva.

Em 1978, foi elaborado e aceito o 1º Regimento Interno da Escola em consonância com o espírito da Lei 5692/71 que objetivou à escola proporcionar ao educando “a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realização, qualificação para o trabalho e

preparo para o exercício consciente da cidadania”. (Art. 1º da Lei). Neste ano também foram feitas algumas transformações no prédio: a sala que servia para lavatório do Seminário foi transformada em Biblioteca. A sala dos Professores resultou da antiga sala dos Professores e mais a metade de uma sala de aula, a outra metade está servindo para guardar material Didático e de Esporte utilizado nas aulas de educação Física.

         Em 1988 foram feitas as quadras, em 89 a vedação em volta do campo e em 94 foi construída a cobertura da quadra que serve para handebol, futsal e vôlei. Em 1996 as 4 turmas do Pré foram transferidas para a Várzea onde já funcionavam outras quatro turmas. Uma das salas deixadas pelo Pré foi transformada numa sala  modelo para Sala de Leitura de 1ª a 4ª Série.

A Escola goza de uma excelente visão social, tendo reconhecimento pelo padrão de qualidade e rigor que foi sendo desenvolvido no decorrer dos anos. A procura por vagas é muito grande, sendo necessário muitas vezes, encaminhar um grande número de candidatos à Coordenação Geral de Educação para que solicitem vagas em outras escolas.

           Em 1994 assumiu a direção o Professor Nilo de Castro Correia permanecendo até o ano de 2005, quando foi convidado para assumir outra função na Secretaria Municipal de Saúde.

Do ano de 2006 a 2009 permaneceu a Prof. Sernízia de Araújo Correia como diretora da Escola, sendo substituída nos dois anos seguintes pelo Prof. Nilo Castro Correia, voltando a gestão da Escola a partir de maio de 2012.

Atualmente 1.269 alunos ocupam o espaço da Escola distribuindo-se em dois turnos: manhã e tarde de 1º ao 9º ano. A Escola possui um total de 59 professores e 39 funcionários nas diversas funções de gestão, administrativo e apoio.

Temos muitos colaboradores, dando ênfase maior aos Irmãos Maristas participando na escola, mesmo que indiretamente.

         A Escola São José, nos seus quase 65 anos (19.03.2013) de História tem um grande destaque em avaliações externas (SAEB), sucesso nas Olimpíadas Brasileiras de Matemática, vitórias  no Esporte em nível: Municipal, Regional, Estadual e Nacional: Somos Campeões Nacionais nos Jogos Estudantis no Vôlei Masculino.

“EU SOU SÃO JOSÉ, COM MUITO ORGULHO, COM MUITO AMOR!”

PARABENS ESCOLA SÃO JOSÉ PELOS 65 ANOS SERVINDO A SOCIEDADE CRUZEIRENSE!

          O gestor que permaneceu maior tempo na gestão da Escola São José foi o Irmão Marista Mariano Spada, a quem devemos um legado de total dedicação, compromisso, responsabilidade e muito amor por nossa escola. É lícito que apresentemos, aqui neste espaço, in memorian sua biografia e sua importância para a qualidade da educação das crianças e jovens que por aqui passaram!

  

        Irmão Mariano Spada nasceu no município de Guaporé, distrito de Vila Oeste, aos 21 dias do mês de agosto de 1930. Filho de Francisco Spada, que na ocasião encontrava-se servindo o Exército  na Revolução de 30, e Lúcia Benatti. A mãe faleceu um ano e meio depois deixando quatro filhos homens. O pai voltou a casar e teve mais sete filhos, sendo 4 meninas e 3 meninos.

        Aos poucos o lugar foi crescendo e hoje é município de Montauri.

       Estudou na Vila Montauri, nos Juvenatos de Veranópolis (Divino Mestre) e Porto Alegre (Instituto Champagnat). Em janeiro de 1954, partiu para Moçambique, iniciando seu trabalho na Escola e Magistério do Alto Molócue, sendo transferido após um mês para Lourenço Marques.

       Em 1959 deixou Moçambique para trabalhar em Silva Porto, Angola, voltando em julho de 1966 para o Brasil, assumindo interinamente a direção da Escola Hugo Taylor, em Santa Maria – Rio Grande do Sul.

       De Fevereiro de 1967 a dezembro de 1971, trabalhou no Colégio São Pedro em Porto Alegre.

       Durante o ano de 1972 dirigiu os formandos do 2º Grau em Santa Maria e em 1973, o Colégio Cristo Rei e o Juvenato de Getúlio Vargas.

       No dia 07 de fevereiro de 1974, chegou a Cruzeiro do Sul, Acre, onde faleceu em primeiro de outubro de 2000.

       Aqui, por três anos dirigiu o Colégio Craveiro Costa. Em janeiro de 1977 assumiu a escola São José, permanecendo aqui por 20 (vinte) anos de trabalho, dos quais 17 (dezessete) como Diretor da Escola São José e os demais como vice-diretor.

Ir. Mariano em homenagem na Câmara de Vereadores, recebendo o título de
Cidadão Cruzeirense!

Homenagem ao Ir. Mariano no desfile de Aniversário da Cidade em 2001.